segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mauricio de Sousa

Primeiro quadrinista brasileiro a integrar uma Academia de Letras, Mauricio de Sousa toma posse hoje da Cadeira 24 da Academia Paulista de Letras, durante uma cerimônia para convidados a ser realizada na própria APL, em São Paulo.

Eleito em 2 de dezembro de 2010, o inventor dos gibis da Turma de Mônica, que anunciou um pacote de séries de TV estrelado por seus principais personagens, foi elogiado pelo presidente da APL, Antonio Penteado Mendonça, que o recebe esta noite na sede da instituição.

"O Maurício chega como o melhor na sua área e é muito bem recebido pela Academia. Desde o primeiro dia após sua eleição ele tem sido um colaborador direto e próximo da diretoria, o que o faz muito bem vindo", afirmou, defendendo o pluralismo da Academia, que conta não apenas com poetas e romancistas, mas também juristas, médicos, engenheiros e filósofos.

Quando questionado sobre a discussão de histórias em quadrinhos serem ou não literatura, Antonio foi categórico, citando inclusive personagens de sua preferência, como Calvin, Snoopy, Mafalda, Asterix e Tintin. "É evidente que são literatura. E muitas vezes da melhor qualidade. Mais ainda, é desta literatura que o leitor salta para Dante, Machado de Assis e todos os grandes escritores e pensadores."

De acordo com o presidente, a posse de Mauricio de Sousa pode abrir as portas da APL e de outras Academias de Letras a quadrinistas.



domingo, 8 de maio de 2011

Antônio Carlos Bernardes Gomes (Mussum)

Nasceu no Rio de Janeiro, 7abr1941 — São Paulo, 29jul1994) foi um músico, humorista, ator e comediante brasileiro. Como músico foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba e como humorista, do grupo Os Trapalhões.

Se estivesse vivo, Antônio Carlos Bernardes Gomes comemoraria 70 anos de idade nesta quinta-feira (7). Não conhece? Como não, cacildis!? Isso mesmo, no dia 7 de abril de 1941 nascia o mais trapalhão dos trapalhões, o mais original dos originais, o mais carioca dos cariocas.

Mussum criou seu próprio sotaque e dialeto. Por isso, a origem fluminense não é tão lembrada. Porque ele não reproduzia sotaques. Até hoje, ele é incansavelmente copiado, sempre que se quer dar um tom de irreverência para alguma coisa. Mussum era, e ainda é, a irreverência.

O que não é sabido por todos é que, antes do sucesso no humorístico com seu amigo Renato Aragão, Antônio Carlos Bernardes Gomes já tinha certo reconhecimento com o grupo Os Originais do Samba. Podia ainda não ser um trapalhão, mas, com certeza, já era e sempre será o Mussum!

Sem estimular, é claro, mas hoje é dia de tomar um mé e dar uma pindureta!

O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, e recentemente foi lembrado em uma série de camisetas lançadas no Rio de Janeiro, com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".
Após o Rio de Janeiro ser escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vários internautas satirizaram o poster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama com a foto do humorista e sob ela a frase "Yes, we créu". Uma sátira a "Yes, we can" (sim, nós podemos) frase de campanha do presidente estadunidense. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis".

Uma rua de São Paulo, no bairro Campo Limpo, ganhou o nome "Comediante Mussum" em sua homenagem.
O Largo do Anil em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para "Largo do Mussum". Tal ocorreu após abordagem do cantor João Gordo do programa Legendários da Rede Record.

Uma famosa frase do humorista, "Só no Forévis", inspirou a banda brasileira de hardcore punk Raimundos, que utilizou a frase como título de seu álbum homônimo de 1999, bem como título da canção que abre o disco, uma vinheta em ritmo de samba.

Fernando Gonsales - criador do rato Níquel Náusea


Fernando Gonsales é um cartunista brasileiro, cujo principal personagem é o rato Níquel Náusea – nome que também intitulada a tira de jornal em que aparece. Nascido em 3 de fevereiro de 1961, na cidade de São Paulo, formou-se em Veterinária, na turma de 1983 da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e em Biologia, na turma de 1998/1999 do Instituto de Biociências da mesma universidade.

Graças a essa formação, muitas vezes insere informações científicas em quadrinhos que retratam de forma divertida características de animais – com personagens que vão de protozoários a dinossauros. Esse tipo de quadrinho, com personagens “soltos”, são alternados com as tiras de personagens fixos, entre os quais a barata Fliti, a rata Gatinha o rato Ruter – além do próprio Níquel Náusea. Suas tiras foram publicadas inicialmente em 1985, quando ganhou um concurso promovido pelo jornal Folha de São Paulo.

Desde então as tiras continuam a ser publicadas neste veículo há mais de 20 anos. Vários outros jornais também passam ou já passaram suas tiras, entre os quais Zero Hora (Porto Alegre - RS), Correio Brasiliense (Brasília - DF), e Diário do Comércio (Belo Horizonte - MG) sendo que, em média, 12 jornais no Brasil as publicam com regularidade, um jornal no exterior – o Diário de Notícias, de Portugal, e a revista mensalinglesa Jungle Drums. Antes de se lançar profissionalmente como cartunista, realizou seu único trabalho como médico veterinário: a captação e tratamento de animais de uma região da floresta amazônica que foi inundada para implantação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Mas faz críticas a ação desenvolvida neste projeto, que segundo ele não trouxe reais benefícios para os animais. Na faculdade, criou cartazes para o centro acadêmico e fez uma prova sobre parasitologia toda em quadrinhos – formato que não agradou o professor, mas que foi obrigado a aceitá-lo porque as informações contidas nele estavam corretas.

Além dos quadrinhos, Fernando Gonsales também faz ilustrações para livros, matérias de revistas e para publicidade. Em 2005 colaborou com a linha de sandálias “Havainas Cartunistas” criando um desenho com o tema Amazônia, ao lado de outros quatro cartunistas brasileiros, que trabalharam em cima de outros “temas nacionais”. Fora da esfera do desenho, criou roteiros para o extinto programa de televisão TV Colosso, da emissora Rede Globo. Seu processo criativo consiste em pensar no contexto, desenhar a lápis e depois passar o nanquim. Após ser “escaneada”, a imagem é colorida no computador – esta última etapa costuma ser realizada por sua companheira, Marília Di Láscio, que foi uma colega de faculdade de veterinária. Ele não temfilhos e nem animais de estimação - mas conta que na infância, além de bichinhos como gafanhoto, aranha, rã e hamster, criou uma pulga, a qual alimentava com seu próprio sangue, encostando o vidrinho que a continha na barriga.

Fernando GONSALES teve seus quadrinhos compilados no livro Os Ratos Também Choram pela editora Bookmakers em parceria com a Cybercomix em 1999, e pela Editora Devir nos livros:
Com Mil Demônios (2002 – ISBN 8575320297)
Botando os Bofes pra Fora (2002 – ISBN 8575320491)
Nem Tudo que Balança Cai (2003 – ISBN 8575320866)
Vá Pentear Macacos (2004 – ISBN 8575321129)
A Perereca da Vizinha (2005 – ISBN 857532201X)
Manteve por um período de 10 anos a revista Níquel Náusea, de periodicidade irregular - entre 1986 e 1996, foram publicadas 29 edições. Ao final de 2005, seu acervo já contava com mais de 5000 tiras. Novas tirinhas podem ser vistas diariamente em seu site.

Fernando GONSALES ganhou por 2 vezes o Prêmio Angelo Agostini, mantido pela AQC-ESP, um de melhor roteirista e outro de melhor desenhista, e por 14 vezes o Troféu HQ Mix, entre 1989 e 2004, nas seguintes categorias:
Melhor tira nacional de quadrinhos em 1989, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996, 2001, 2003
Personagem destaque do ano para Níquel Náusea em 1998
Melhor revista de humor - Níquel Náusea em 1992
Melhor álbum de humor - Níquel Náusea em 1999 e Com mil demônios em 2002
Melhor publicação de livro de tiras - Nem tudo que balança cai em 2003 e Vá pentear macacos em 2004

Arte é...