terça-feira, 5 de agosto de 2008

Moises Coutinho - Mazzaropi


Um policial de trânsito manda um motorista parar por excesso de velocidade.
- Sua carteira de motorista, por favor.
- Não tenho. Foi suspensa na minha última contravenção.
- Posso ver o registro de propriedade do veículo?
- O carro não é meu. Roubei-o.
- O carro é roubado?
- É; mas pensando nisto, acho que vi o documento do carro no porta-luvas, quando guardei lá meu revólver.
- Tem uma arma no porta-luvas?
- Tenho. Coloquei-a lá depois de matar o dono do carro e pôr o corpo dele na mala.
- Tem um corpo na mala do carro?
- Sim, senhor.

Ao ouvir esta frase, o soldado chama o capitão. Um cordão policial cerca rapidamente o carro. O capitão se aproxima do motorista para controlar a situação.
- Senhor, posso ver a sua carta de motorista?
- Claro, senhor, aqui está ela. (A habilitação está em dia!)
- A quem pertence esse veículo?
- É meu, capitão. Aqui estão os documentos.(O carro é mesmo dele!)
- Abra o porta-luvas lentamente, para eu ver se há uma arma dentro!
- Sim, senhor. (O porta-luvas está vazio!)
- Pode abrir o porta-malas do carro, por favor?
- Sim, senhor. (Não há corpo nenhum na mala!)
- Não entendo. O soldado me disse que o senhor não tinha carteira de motorista, havia roubado o carro, tinha uma arma no porta-luvas e um morto no porta-malas.
- Ah, claro! Aposto também que aquele mentiroso disse que eu estava em excesso de velocidade, certo?








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